CBF fortalece integração entre as Seleções Brasileiras Femininas
- 06/07/2025
Nova fase começa na Granja Comary
A Confederação Brasileira de Futebol deu início a um novo ciclo no futebol feminino ao promover a integração entre a Seleção Principal e as categorias de base. Neste domingo (6), na Granja Comary, o técnico Arthur Elias recebeu as treinadoras Camilla Orlando (Sub-20) e Rilany Silva (Sub-17). O encontro marca o início de uma estratégia voltada à criação de um DNA único entre todas as Seleções Brasileiras Femininas, promovendo troca de experiências e alinhamento técnico.
Segundo Cris Gambaré, coordenadora das Seleções Femininas, o objetivo é garantir continuidade e coerência entre todas as categorias. “Estamos fazendo um trabalho completo, almejando a Copa do Mundo no nosso país”, afirmou. A proposta envolve um modelo de jogo que una estilo ofensivo, protagonismo e evolução técnica desde a base. A integração visa facilitar a transição das atletas para o time principal, promovendo uma evolução natural e sólida.
Técnico da Seleção Principal, Arthur Elias destacou a importância de criar uma metodologia sincronizada entre todas as categorias. “Vamos tentar nos conectar mais para que tenhamos um método de desenvolver cada jogadora desde cedo. Espero que possa ser uma evolução contínua”, declarou. Ele elogiou a escolha de Camilla e Rilany, ressaltando que as duas representam uma nova geração de treinadoras qualificadas para liderar esse processo.

Camilla Orlando aposta em modelo ofensivo
Camilla Orlando, que assumiu a Seleção Sub-20 em junho, considera a integração uma oportunidade estratégica para consolidar uma identidade ofensiva. “É trocar ideias, aprender, ter o Arthur como mentor desse jogo agressivo. É muito importante para nós, para as atletas, para a evolução e massificação do esporte”, afirmou. A treinadora já iniciou o processo de adaptação da metodologia nas convocações e atividades da equipe de base.
Rilany Silva, que comanda a Seleção Sub-17 desde fevereiro, também celebrou a troca de experiências. Após o vice-campeonato no Sul-Americano, o foco está na preparação para a Copa do Mundo da categoria, em outubro. “A integração é algo que nos leva a um nível maior, não só de conhecimento do jogo, mas de ideias”, comentou. A técnica acredita que a padronização tática trará frutos tanto a curto quanto a longo prazo para o futebol feminino nacional.
O intercâmbio entre as comissões técnicas também deve impactar na formação de lideranças, na ampliação da visão tática e na valorização do trabalho feito nas categorias de base. O diálogo constante e a observação entre as equipes permitem identificar talentos, corrigir lacunas e formar jogadoras mais completas. A expectativa da CBF é que, com o tempo, essa integração reduza o abismo entre base e elite, construindo uma Seleção mais competitiva.
CBF mira legado duradouro com DNA tático unificado
A construção de um DNA do futebol feminino brasileiro é uma resposta às necessidades de modernização e continuidade nas Seleções. A médio e longo prazo, o projeto busca não apenas resultados esportivos, mas também o fortalecimento institucional da modalidade. Com mentalidade ofensiva, técnica qualificada e visão integrada, a CBF espera transformar a forma como o Brasil revela, prepara e potencializa suas atletas.